Anglicismos são palavras oriundas da língua inglesa que é usada em outro idioma.
Isso pode acontecer porque não há nenhum termo ou denominação próprios naquele idioma, para chamar objetos ou fenômenos novos, quando há a criação de uma nova terminologia ou por fatores sociológicos que muitas vezes favorecem palavras estrangeiras a termos adotados pelo idioma receptor.
A informática utiliza muitos anglicismos, que nada mais é do que palavras estrangeiras incorporadas em nosso vocabulário. Ela mantém o sentido original, mas a pronúncia e a ortografia podem mudar.
Exemplos muito comuns de anglicismos na língua portuguesa
Há muitas palavras de origem inglesa que já são incorporadas em nossa língua. Algumas até tiveram ou tem uma outra palavra equivalente na língua portuguesa, enquanto outras mantêm apenas o nome original.
Exemplos de palavras que se mantêm iguais ao inglês: mouse (o mouse do computador jamais é chamado de rato), shopping center (que em português pode ser chamado apenas de shopping), cupcake (bolinhos recheados que não possuem outra terminologia), CD (que é a abreviação de compact disc, e não de disco compacto), entre outros.
Exemplos de palavras que são usadas, mas possuem a sua equivalente em português: cowboy (vaqueiro), pub (bar), browser (navegar), cookie (biscoito), hit (sucesso), entre outras.
Há também palavras que foram “aportuguesadas”, como: bife, futebol, videoclipe, estande, pôquer, etc.
Utilizar palavras de outros vocabulários ou linguística é comum e já é um fenômeno bastante antigo que acontece em todas as linguagens no mundo, até no inglês. Mas em qual momento começamos a exagerar? Será que há um limite para o anglicismo?
O que torna o anglicismo uma tendência?
No mundo globalizado de hoje, o anglicismo já virou uma tendência. Está tornando-se cada vez mais habitual, assim como empresas que utilizam um extenso vocabulário em inglês.
O anglicismo agora pode ser encontrado em todos os ramos: negócios, área tecnológica, mundo da moda, em blog de celebridades, etc. O anglicismo deixou de se resumir ao cotidiano. Cada um desses mundos criou o seu próprio mundo de referências. Palavras muito novas, como selfies, post, techies, know-how, CEO são cada vez mais parte do nosso mundo.
Estaremos chegando ao cúmulo do anglicismo?
Será que há limite para essa tendência? Por que soa diferente falar sobre os homossexuais, do que sobre “gays”? Nossa, você é legal. Ou você é “cool”?. E será que nunca havíamos tirado uma foto de nós mesmo virando a câmera, antes das “selfies”?
Não que os outros idiomas não sejam muito interessantes, mas deixamos eles invadirem também o nosso próprio idioma, rico em definições e vocabulário. Não é a toa que os jovens cada vez mais não conhecem o seu próprio idioma. É uma juventude que aprendeu a escrever no “whatsapp” e em outros aplicativos.
Diferentes pontos de vista sobre os anglicismos
Podemos citar três tipos de reação aos anglicismos:
Há o sentimento ufanista e nacionalista, que acredita que a aceitação subserviente denegre e desvaloriza a língua e a cultura brasileira. Essa é uma crítica ao imperialismo norte-americano. Essas pessoas acreditam que nos tornamos escravos das tendências culturais norte- americanas.
Há também um pensamento mais pragmático, que vê que as pessoas usam as estratégias e oportunidades de comunicação disponíveis para aproximarem-se uma das outras e criarem, dessa maneira, uma aproximação social e profissional.
E há aqueles que consideram o lado esnobe dos anglicismos. São aquelas pessoas que buscam o prestígio ao utilizar termos estrangeiro, um fator que pode ser considerado um apelo esnobe pelo uso dessas terminologias.
Podemos assim constatar que somos nós que escolhemos o que será incorporado e o que não. Sendo assim, é sempre melhor não exagerar!